Viagem a um país do Magrebe - Tunísia.
Nesta viagem aconteceu-nos um imprevisto que em tantas viagens ainda não tínhamos vivido. Fizemos escala em Madrid e... ops as nossas malas ficaram mesmo por lá, só as conseguindo levantar ao terceiro dia da nossa estadia. Como estavamos em Hammamet, que ainda fica um pouco distante de Tunes é sempre chato ter de fazer outravez a deslocação ao aeroporto para as levantarmos. Mas não foi tudo! Porque nessa semana havia um feriado religioso e para podermos comprar algumas coisas que necessitávamos, visto não termos nem uma escova de dentes, teria de ser no resto da tarde, porque no dia seguinte tudo estaria fechado, o que também atrasou a entrega das malas no aeroporto. Enfim... Foi uma aventura! A aventura das malas... porque a nossa aventura de ida ao deserto, essa, foi mesmo por água a baixo! Desistimos da ideia inicial de fazer um passeio ao deserto porque teríamos de dar tempo para resolver a situação da bagagem primeiro. Assim ficará para uma próxima visita ao país.
Esta nossa viagem não teve qualquer intenção de fazer praia, pois já estavamos no mês de Dezembro. Queriamos apenas descansar e aproveitar para conhecer a cultura e um pouco do país. E claro que apanhamos um grande preço nesta altura do ano, no hotel El Mouradi Hammamet, um hotel de cadeia tunisina, do qual gostamos bastante, e nos deu a possibilidade de irmos experimentando a gastronomia tunisina que adoramos.
Conhecemos outras cidades para além de Tunes e a zona turistica de Hammamet, como Sousse e Monastir. Visitámos Sibi Dou Said, a encantadora cidade azul. Entrámos no coliseu de El Jem e nas ruínas de Cartago e ainda no museu do Bardo. Todos os dias passeavamos pelas várias medinas e deambulamos por inúmeros souks envolvidos nos cheios, cores e vimos as artes culturais deste povo.
Foi uma boa experiência, sim, mesmo com o contratempo da bagagem! Há que tirar sempre partido das situações!
Hammamet, marina
Visitamos Kairouan, a cidade património
mundial da UNESCO, primeira cidade Islâmica do Maghreb e a quarta cidade Santa
do Islão depois de Meca, Medina e Jerusalém.
Aqui encontra-se a Grande Mesquita Okba, edificada em 670 pelo conquistador Okba Ibn Nafaa, tendo logo, atraído muitos pensadores à cidade.
Podemos visitar o átrio da mesquita, mas para quem não é muçulmano não pode entrar dentro da parte destinada ao culto. Mesmo assim, podemos sempre espreitar e ver algumas pessoas a rezar.
Impressionante foi a visita a El Djem,
um anfiteatro romano em ótimo estado de conservação, e considerado mais bem conservado que o coliseu de Roma.
Trata-se do maior anfiteatro romano na África e o quarto no mundo, depois dos de Roma,
Cápua e Pozzuoli.
Aqui sente-se a grandiosidade do monumento e da época.
Casa de Chá em Tunes. No fim de uma visita à medina velha foi uma maravilha poder estar neste local com muito bom aspeto e relaxar um pouco do regateio constante e tomar um chá de menta com pinhões sossegados.
É quase obrigatória a visita ao museu do Bardo em Tunes. Este museu dá-nos a possibilidade de conhecer a coleção de mosaicos romanos do mundo (incluem-se “Virgílio Escrevendo a
Eneida”, “O Triunfo de Neptuno” e “O Mosaico do Senhor Julius”), assim como alguns vestígios romanos.
No Museu do Bardo exibe, ainda,
alguns artefatos antigos e restos arqueológicos que datam da pré-história à
época arábe-muçulmana. Vale muito a pena para quem gosta de história!
Situada no alto da colina de Byrsa, nos arredores de Tunes, fica Cartago, também Património da Humanidade.
Segundo a lenda fundada por Elissa-Didon no ano de 814 a. C., dominou
todo o Mediterrâneo ocidental até à sua destruição pelos romanos, em 146 a.C.,
que posteriormente a reconstruíram. Restam assim vestígios da ocupação destas
duas civilizações, destacando-se o conjunto monumental das Termas Romanas de
Antonino.
Atualmente podem ser visitadas a coluna do frigidarium (a sua
imponência permite avaliar o que seria o complexo há quase dois mil anos) e o
subsolo de serviço, onde se encontravam as caldeiras e as reservas de madeira.
Apesar de restarem apenas ruínas da metrópole que um dia imperou sobre o mundo antigo, este faz parte dos circuitos turísticos.
Pintada apenas a azul e branco, Sidi Bou Saïd conquistou no início do século
passado a elite intelectual europeia, convertendo-se num dos locais mais
“glamourosos” do Magrebe.
Com um ambiente de charme devido ao branco das casas e aos salpicado de azul por todo o lado, desde janelas, portadas, portas e que lhe
conferem um encanto peculiar, esta cidade é um lugar ainda
mais impressionante e que nos agradou bastante. Por aqui sente-se uma maior limpeza das ruas, ao contrário das medinas de outras cidades.
Sibi dou Said
Bar em Sibi dou Said situado no centro da cidade.
Pôr do sol tunisino em Hammamet.
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